20 de jul. de 2017

Resenha: Marina - Carlos Ruiz Zafón

Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões.
É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Oscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora.
Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Oscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos.
Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Oscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro. 

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Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Suma de Letras
Classificação: 4 de 5 estrelas
Ano: 2011
Páginas: 189
  


Marina nos apresenta Óscar Drai, um menino que mora em um internato localizado em Barcelona. Acostumado com sua vida monótona e sem graça dentro do internato, Óscar decide caminhar pelas rua de Barcelona e se aventurar um pouco.

Após adentrar dentro de uma mansão que ele pensava estar abandonada, ele fica hipnotizado com aquele lugar. Mas seu encanto acaba quando vê uma silhueta avançando em sua direção. Após voltar para o internato, o menino se da conta que acabou carregando um relógio que ele estava analisando dentro da casa.

Óscar reúne coragem para retomar a casa e devolver o relógio para seu legitimo dono, é aí que ele acaba por conhecer Marina e seu pai, Germán. Os dois vivem juntos naquela enorme mansão, o relógio foi um presente da mãe de Marina para o seu pai, porém ela morreu há muitos anos.

O menino encontra naquelas duas pessoas sentimentos que ele nunca recebeu carinho, amizade e amor. Com o passar do tempo, Óscar vai criando uma enorme amizade com Marina e adentrando em aventuras junto com a garota.

“- Ninguém entende nada da vida enquanto não entender a morte. – acrescentou Marina.”

Marina tem curiosidade para saber mais sobre a dama de preto. Uma mulher que por acaso ela viu em um cemitério e ficou bastante intrigada a respeito. Desde então, Marina vai ao cemitério todo último domingo do mês afim de ver a mulher. O túmulo em que ela deposita as flores não tem nome e nada a respeito da pessoa em que está enterrada ali, apenas o símbolo de uma borboleta negra.

Marina e Oscar decidem seguir a mulher para ver aonde ela irá e o porquê dela nunca mostrar o rosto. Após encontrarem o local em que a mulher vive, eles ficam totalmente intrigados, já que é uma casa abandonada e seu interior é totalmente fantasmagórico, com direito a vozes e coisas flutuando. Mas Marina acha uma coisa crucial para a investigação deles, um caderno de fotografias cheio de fotos de pessoas deformadas.  

Não irei falar mais nada a respeito da história, temo deixar algum spoiler sem perceber, mesmo que eu tenha contado apenas um pouquinho das 30 primeiras páginas, o livro envolve em sua maior parte a aventura de Óscar e Marina para descobrirem quem realmente é aquela dama de preto.

Eu confesso que pensei em inúmeras possibilidades, arrisquei algumas coisas, mas no final não passei nem um pouco perto. Fiquei bastante impressionada com o rumo que a história tomou e com a imaginação do autor para com a história.

Admito que esperava que iria encontrar neste livro um pouco de romance e drama, mas me enganei totalmente. Apesar de que mais para o finalzinho do livro eu soltei umas lágrimas por ter alguns acontecimentos tristes. O gênero que eu classificaria esse livro é aventura e fantasia.

No começo do livro tem uma nota do autor dizendo que Marina dentre todos os livros que ele escreveu é seu favorito. Creio que precisarei ler outros livros do autor para tirar minhas conclusões. Mas a narrativa do autor é ótima, a leitura fluiu super bem comigo, porém como eu já disse anteriormente esperava uma coisa bem diferente.

Os personagens são um ótimo ponto no livro, me apaixonei por Germán, ele é tão simples e amoroso com sua filha que chegou a me contagiar, é lindo ver essa relação de pai com filha (o). Também adorei a Marina e o Óscar, e também admiro a coragem desses dois. Tão novos e começaram a investigar algo tão grande.

A capa é maravilhosa, me apaixonei por ela. A minha edição do livro é com páginas brancas, mas não dificulta a leitura, o tamanho da letra está agradável e a diagramação é super simples.

Espero poder ler mais livros do autor em breve. Aproveitando, peço indicação a vocês de livros do autor que vocês já leram e gostaram ou que pretendem ler! 



 

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